A Quercus Cabo Verde considera que o país precisa “definir com mais celeridade às suas ações” no que tange às mudanças climáticas, uma vez que “tem sido um problema enorme e com vários anos de seca”.
Tendo em conta as sucessivas secas, essa associação defende que Cabo Verde “não deve ficar dependente das águas das chuvas” e que, apesar das cooperações para a mobilização de água “ainda nada mudou a respeito e não está a avançar para as pessoas que precisam da água para produzir”.
Para resolver tais questões, justificam que o Governo precisa “acelerar as capacidades institucionais e de recursos humanos, a fim de abordar de forma eficaz e eficiente todos os aspectos das mudanças climáticas, nos níveis sectoriais, das políticas, estratégias e planos nacionais nos diversos setores e nível espacial, do comunitário para o local, ilhas e país”.
O Vice primeiro-ministro, Olavo Correia, na 9ª Conferência para o Clima e Desenvolvimento em África, que acontece na ilha do Sal, sob o lema “Uma transição justa para uma recuperação verde e azul resiliente”, defendeu que se deve “criar novos instrumentos de financiamento, como os fundos verdes e azuis, e fazer a conversão da dívida em fundo de financiamento, através de parceiros internacionais”, a fim criar “um bolo de financiamento maior”, permitindo que o país possa investir em outros sectores.
A Quercus Cabo Verde afirma que apoia a posição defendida pelo governante, mas salienta que “o bolo não deve ser para o Governo gerir sozinho”, prática que considera que não tem sido “nem boa nem justa”, já que as ONGs, Universidades e Sociedade Civil “ficam a ver poucas ações do Governo, das câmaras municipais e dos serviços desconcentrados do estado, mas que pouco cuidam do ambiente”.