O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, discursa esta tarde na 26.ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, Escócia.
O Chefe do Governo cabo-verdiano confessa ter uma esperança moderada, mas otimista quanto aos resultados que devem sair do encontro sobre o clima e o meio ambiente, que teve início no domingo, 31, e reúne representantes dos 196 países signatários do Acordo de Paris.
“Não há uma solução alternativa à resolução deste grave problema porque cada ano que passa sem compromissos firmes é um passo em frente relativamente a um desastre global. Os discursos que já foram aqui pronunciados quer por parte do primeiro-ministro do Reino Unido, pelo presidente dos Estado Unidos da América, o presidente do Conselho Europeu e outros líderes mundiais, indicam uma perspetiva de um reforço do compromisso”, destaca o PM.
No seu discurso, que está agendado para as 15h00 de Cabo Verde, Correia e Silva diz que falará na dupla condição de representante do grupo dos países africanos e dos pequenos Estados insulares em desenvolvimento.
“Partilhamos as mesmas orientações, em primeiro lugar, o compromisso com a meta de evitar o aquecimento global com uma taxa superior a 1,5º Celsius.
Em segundo lugar, a aposta na adaptação, isso pressupõe que os países africanos tenham essa condição para fazer esta transição justa que, por seu lado pressupõe o financiamento dos países mais ricos.
Em terceiro lugar, defender as especificidades dos pequenos estados insulares em desenvolvimento com vulnerabilidades elevadas”, acrescenta.
O primeiro-ministro vai ainda aproveitar a Cimeira do Clima para apresentar os compromissos que Cabo Verde tem seguido, nomeadamente na transição energética, na mobilidade elétrica, bem como, na economia circular da água.
Segundo o líder do Governo, o país tem “metas, ambição e uma estratégia” para combater as alterações climáticas, contudo, lembra que “esta luta é global” e que nenhum país sozinho consegue dar uma solução que também é global.
Cenário que, conforme Ulisses, depende muito dos países mais poluentes, “que têm uma maior capacidade financeira para garantir que o mundo estará mais sossegado no futuro próximo relativamente a ameaças graves que existem para o clima e para o planeta”.
C/RCV