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Política

Porto Novo: Rosa Rocha só se recandidata com retorno “positivo” da população

A presidente Câmara Municipal do Porto Novo, Rosa Rocha, admite que só se recandidata a um segundo mandato, se até finais deste ano tiver sinais de que a população avalia de forma positiva o seu mandato. Primeira mulher a governar aquele concelho de Santo Antão, Rocha poderá ter desafiantes saídos da sua equipa de vereação.
Depois de um começo de mandato complicado em 2012, Rosa Rocha ainda batalha para serenar ânimos dentro e fora dos Paços do Concelho do Porto Novo. Mas o terreno já não se evidencia tão espinhoso como há um ano, quando gente do próprio partido (PAICV) chegou a questionar se ela terminaria o mandato devido a muitas batalhas que a autarca travou com eleitos e funcionários municipais, dos resultaram inimizades e alguns processos judiciais.
Rocha perdeu batalhas, mas a situação ficou menos drástica para o seu lado, após pôr em marcha obras e projectos de requalificação urbana da cidade do Porto Novo, do mercado informal e outros. Está ainda a erguer um edifício na Ribeira das Patas, o maior povoado do interior do concelho, onde pretende albergar não só a delegação municipal como um serviço policial, Casa do Cidadão e outros. Com isso, a autarca quer convencer o Governo a concretizar a ideia de elevar aquele povoado à categoria de vila, uma das grandes aspirações dos naturais da segunda maior aglomeração  populacional daquele concelho.
Reconhecendo os problemas iniciais, a edil considera agora a situação “estável”, por isso diz-se disponível para se recandidatar, desde que tenha dados seguros de que os portonovenses desejem que ela continue. “Até finais do ano, pretendemos mandar realizar um estudo de opinião para saber como a população avalia o nosso trabalho. Se a avaliação for  positivo, coloco-me à disposição para uma recandidatura, caso não, volto à minha actividade académica”, informa Rosa Rocha.
DESAFIANTE INTERNO
Entretanto, apesar de se reconhecer que houve tempos piores para Rosa Rocha, há quem não descarte a hipótese da autarca vir a enfrentar adversários internos na caminhada para as autárquicas de 2016. Um dos  nomes citados é do vereador João Fonseca, número dois da actual equipa camarária. Na fase mais difícil do mandato, chegou-se a apontar o nome de Fonseca como possível “salvador” do pouco que poderia sobrar de uma governação caracterizada por muitos como um “desastre”.
E pessoas próximas do vereador dizem que ele admitiu a hipótese de avançar, mas num quadro em que haja uma conversa aberta entre os diversos intervenientes no processo, da qual pudesse resultar um consenso à volta da candidatura.
Contactado agora por este jornal, Fonseca diz preferir não abordar o assunto por ora, na medida em que está “integrado” numa equipa que trabalha por Porto Novo e não deseja despoletar nenhuma controvérsia nessa altura.
De qualquer modo, já neste fim-de-semana haverá uma reunião do Conselho de Sector do PAICV e o dossier autárquico poderá ser colocado à mesa, até porque muitos estão interessados em saber quais os critérios que vão nortear o processo de escolha dos candidatos tambarinas. Janira Hopffer Almada, nova presidente do PAICV, é uma das presenças aguardadas para a tal assembleia de militantes e simpatizantes dos tambarinas no Porto Novo.

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