A polícia dinamarquesa declarou que afinal é um suspeito e não dois que dispararam sobre o edifício onde decorria uma conferência em homenagem ao Charlie Hebdo.
A polícia dinamarquesa declarou que apenas um homem está envolvido no atentado deste sábado em Copenhaga, e não dois, como inicialmente foi referido, tendo divulgado uma foto do suspeito da autoria do tiroteio.
De acordo com a agência francesa AFP, a foto divulgada por comunicado na Internet mostra um homem que usava um casaco escuro e um gorro que cobria todo o pescoço e quase toda a cabeça, tendo apenas uma abertura na zona dos olhos.
O suspeito transportava também uma mala preta.
A fotografia foi tirada ao final da tarde, pouco depois de o suspeito ter abandonado a viatura que usou para fugir do local do atentado.
“Os primeiros testemunhos indicam que não haverá mais do que um autor”, esclareceu a polícia.
As autoridades anunciaram que procuram “um homem entre os 25 e 30 anos, com cerca de 1,85 m, atlético, de aspeto árabe e (…) cabelo liso”, armado com uma pistola-metralhadora negra.
A AFP refere que a polícia dinamarquesa é conhecida por descrições polémicas, tendo já referido anteriormente que procurava assaltantes “de aparência cigana”.
A primeira-ministra dinamarquesa classificou hoje o atentado de Copenhaga como um “ataque terrorista”, afirmando que a Dinamarca foi alvo de “um ato de violência cínica”.
Já antes a polícia dinamarquesa tinha atribuído a mesma classificação ao atentado que esta tarde provocou a morte de um homem e feriu, pelo menos, três polícias, que se encontravam no local em serviço.
O ataque ao centro cultural onde decorria o colóquio ‘Arte, blasfémia e liberdade de expressão”, contava com a presença do embaixador de Paris em Copenhaga, François Zimeray, e do cartoonista sueco Lars Vilks, autor de uma caricatura de Maomé publicada em 2007, que originou uma forte contestação da comunidade islâmica.
O episódio de 2007, que tinha na base o trabalho de Vilks, seguiu-se à polémica que envolveu o diário dinamarquês Jyllands-Posten, que em setembro de 2005 publicou 12 caricaturas de Maomé, consideradas ofensivas pela comunidade islâmica, e que estiveram na base de ameaças de morte dirigidas ao chefe de redação do jornal.
De acordo com a imprensa dinamarquesa, Lars Vilks seria o alvo do ataque de hoje.
Nem o embaixador, nem o cartoonista foram atingidos pelos disparos.
Atentado em Copenhaga: polícia divulga imagem do suspeito
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