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Economia

Comerciantes do Fogo perdem 20 mil contos com naufrágio do Vivente

Quatro grandes estabelecimentos comerciais da cidade de São Filipe estimam em cerca de 20 mil contos os prejuízos causados com o naufrágio do navio Vicente de quase 50 metros e que era propriedade da Companhia Tuninha.
A firma Super Rodrigo, que fazia transportar no navio Vicente dois contentores de mercadorias da Cidade da Praia para a ilha do Fogo, calcula em cerca de oito mil contos o valor dos prejuízos, sendo o maior entre os comerciantes.
António Pires, da firma Mimosa, João Pires, do estabelecimento Cíntia, João Pedro Cardoso, da firma Unicoop-Fogo, estimam em pouco mais de três mil contos cada os prejuízos, totalizando aproximadamente 10 mil contos.
Além dos quatro estabelecimentos comerciais, a Inforpress soube que outros pequenos comerciantes tinham produtos no navio Vicente, mas com valor muito inferior.
As mercadorias dos estabelecimentos comerciais não estavam segurados e, segundo António Pires, não tem sido hábito os operadores económicos efectuarem o seguro das suas mercadorias.
“O seguro é de ditadura, célere no momento de cobrança e muito moroso na altura do pagamento”, alegou, para lembrar que “qualquer funcionário de seguros goza com os clientes no momento de pagamento”.
Situação diferente é a de António Pires, que tinha seguro obrigatório e, por isso, espera que seja compensado. É que, no espaço de um ano, já perdeu cerca de 14 mil contos, visto que, no ano passado, no navio Sal-Rei, que fazia ligação São Filipe/Praia, perdeu pouco mais de 11 mil contos, valor de um camião carregado de produtos do Fogo, nomeadamente café e vinho.
De acordo com o gerente da Unicoop-Fogo, normalmente no sistema ‘roll-on rol-off’, as agências cobram por tudo, inclusive pelo seguro das mercadorias e, por isso, espera que o seu estabelecimento comercial possa vir a ser compensado pelos prejuízos.
Também não estavam segurados os produtos do proprietário da Firma Super Rodrigo, Joaquim Tavares, que, aquando do incidente com o navio Mosteru, perdeu cerca de quatro a cinco mil contos em produtos, elevando assim para cerca de 12 mil contos os seus prejuízos no transporte de mercadorias entre Praia e São Filipe.
Quanto à informação avançada e confirmada pelo delegado da Enapor em São Filipe, Artur Santos Cardoso, a empresa austríaca responsável pela construção do hospital regional (Vamed) não confirma se os contentores com materiais de construção e equipamentos para o projecto estavam ou não no navio.
“A informação que tenho é que os contentores da empresa não embarcaram”, disse João Soares, responsável da Vamed, anotando que como os contentores, em número de quatro e não seis como avançou o delegado da Enapor, estavam para ser transportados para a ilha não dispõe de informações concretas neste momento.
“Estou a tentar confirmar se os nossos contentores foram ou não embarcados”, disse João Soares.
Fonte: Inforpress

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