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Sociedade

Narcotráfico endurece em 2014

O ano de 2014, no domínio da Justiça, ficou marcado pela apreensão de 521 quilos de cocaína, na ilha de São Vicente, bem como pelo assassinato de Isabel Carvalho, mãe da inspectora da Polícia Judiciária (PJ), Cátia Tavares, e ainda pela polémica em torno da autorização para a reclusa Lígia Furtado frequentar aulas na universidade.
Cabo Verde voltou a assistir, em 2014, a uma grande apreensão de cocaína. Aconteceu, na noite de 5 de Novembro, em São Vicente, na operação “Perla Negra”. Foram presos nove indivíduos, nacionais e estrangeiros, com idades entre os 40 e os 60 anos. Com eles estavam armas de fogo e uma apreciável quantidade de dinheiro. A apreensão serviu, também, para ilustrar que o problema do narcotráfico, em Cabo Verde, não está de todo sanado. Pelo contrário, apesar do cerco das autoridades, o problema persiste e, ao que tudo indica, por muito tempo. E, sendo assim, resta esperar pela próxima grande apreensão.
MORTE POR ENCOMENDA
O assassinato de Isabel Carvalho, mãe de inspectora da PJ Cátia Tavares, a 17 de Setembro, na cidade da Praia, é um outro acontecimento que marcou o sector judiciário em 2014. O mais grave e preocupante é a desconfiança de que se tratou de uma morte por encomenda. Isto porque a inspectora Cátia Tavares, da PJ, filha da vítima, desempenhou um papel relevante na investigação e condenação dos envolvidos no processo Lancha Voadora, hoje na Cadeia de São Martinho. Tudo isso serviu para que várias vozes aparecessem a exigir do Estado uma mão cada vez mais dura contra o narcotráfico e os seus agentes em Cabo Verde e que o país não se deve render a uma tal sanha dos criminosos.
CASO LÍGIA FURTADO
Um outro assunto que também esteve em destaque, em 2014, foi a licença e autorização concebida pelo juiz Antero Tavares,do Tribunal de São Vicente, para a reclusa Lígia Furtado, condenada a 17 anos de prisão na Cadeia da Ribeirinha, por narcotráfico, frequentar o curso de Direito na Universidade Lusófona. A decisão de Tavares causou dois importantes danos colaterais, nomeadamente, a prisão do Director Geral Serviços Penitenciários, Jacob Vicente, e a de Jair Duzenta, na altura director da Cadeia da Ribeirinha, soltos por um outro juiz. De todo, uma novela lamentável. Até porque, na sequência de um tal braço de ferro, os dois directores – Jacob Vicente e Jair Duzenta – decidiram bater com a porta.

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