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Política

UCID considera que a criminalidade está de certo modo ligada ao consumo da droga

A questão da criminalidade tem uma forte ligação com o consumo da droga por parte de determinadas pessoas que praticam os crimes, considerou hoje o presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID).
António Monteiro fez essas considerações durante uma conferência de imprensa esta sexta-feira na Cidade da Praia, para fazer o balanço da visita que efectuou esta semana à Cidade da Praia e seus bairros limítrofes.
Nesse encontro com os jornalistas, Manuel Monteiro manifestou também a sua preocupação em relação à qualidade de vida de alguns jovens que, segundo disse, está a ter “repercussão negativa” na segurança na capital do país e não só.
“A questão da criminalidade tem uma forte ligação com o consumo da droga por parte de determinadas pessoas, por isso deverá merecer uma atenção muito especial por parte do Governo, porque se não atacarmos esta questão nas várias cidades de Cabo Verde, e principalmente na Praia, dificilmente será possível vencer a batalha da criminalidade”, sublinhou.
Para António Monteiro, há recursos no país que deveriam ser utilizados para ajudar uma parte desses jovens a terem uma oportunidade de mudarem de estilo de vida.
Conforme disse, “não é aceitável e não se pode admitir” que os jovens que entraram no mundo da droga sejam hoje considerados “meros delinquentes”.
Segundo o líder da UCID, muito se fala da Comissão de Coordenação de Combate à Droga – CCC-Droga, mas na prática muitos jovens estão “sedentos” de apoios nesse sentido.
Por isso, alerta aos vários ministérios que têm a responsabilidade nesta matéria, nomeadamente o Ministério da Juventude e Desenvolvimento do Recursos Humanos e o Ministério da Justiça, a juntarem esforços de forma a encontrarem soluções necessárias para evitar que mais jovens entrem para este mundo, e que aqueles que já lá estão possam sair.
“A questão de fundo é saber que a falta do emprego é um dos factores que impelem os jovens a enveredarem-se para este caminho, assim como a facilidade de encontrarem os estupefacientes no mercado e a falta de uma política forte no terreno para a criação do emprego”, frisou.
Fonte: Inforpress

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