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Ambiente

Edifício do Parque Natural do Fogo totalmente consumido pelas lavas

O edifício do Parque Natural do Fogo, em Chã das Caldeiras, já está totalmente consumido pelas lavas do vulcão do Fogo, em erupção há uma semana, e que tem deixado um rasto de destruição por onde passa.
Conforme constatou a Inforpress no terreno, as lavas que estão a avançar rapidamente, chegaram ao edifício-sede do parque esta manhã, sendo que as casas posicionadas na direcção ao parque correm o risco de serem também consumidas nas próximas horas.
A perda deste edifício deixou o director do Parque Natural do Fogo, Alexandre Rodrigues, a chorar e a lamentar muito, tendo em conta que as perpectivas eram outras, já que há cerca de dois dias que as lavas estavam a avançar de forma muito lenta, chegando até a ser impercetível.
O edifício sede do Parque Natural do Fogo, financiado pela cooperação alemã (construção e equipamentos), foi edificado em meados de Julho de 2013 e inaugurado em Março deste ano.
Na sua construção foram preservados todos os aspectos ambientais, paisagístico, sistema de captação de água das chuvas, reutilização de águas residuais nos autoclismos e estabilidade térmica e custou cerca de 120 mil contos.
Foi finalista dos prémios World Architecture Festival (WAF) e vencedor do Prémio Nacional de Arquitectura de Cabo Verde.
Em Chã das Caldeiras, além das Forças Armadas, os Serviços de Protecção Civil e as equipas de especialistas que estão a acompanhar a erupção, integrada por cabo-verdianos, espanhóis, ingleses e portugueses, está o pessoal da Adega de Vinho.
E, se as lavas continuarem com a mesma velocidade, essa adega também poderá ser consumida, uma vez que ela encontra-se a menos de 200 metros das mesmas, assim como uma parte da Pousada Terra Brabo.
Além do deslocamento da população, a erupção de 23 de Novembro, a segunda em menos de 20 anos, já consumiu mais de 400 hectares de terreno (área correspondente a cerca de 400 campos de futebol), 26 dos quais terreno fértil para agricultura.
Destruiu também 15 habitações, incluindo os chamados “funcos”, 14 cisternas familiares, estrada principal e a alternativa, furo de prospecção de água para o abastecimento, de entre outros prejuízos contabilizados.
Fonte: Inforpress

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