A empresa Forte Maio – Pré Fabricados, Lda., que aposta na produção de mármores, pedras ornamentais, areias e britas, a partir das diferentes espécies de pedras existentes na ilha do Maio, está a trabalhar para exportar os seus produtos para países da África ocidental. Gâmbia e Senegal são os destinos escolhidos.
O gerente da Forte Maio, o canário Juan Manuel Brito, afirma que a sua empresa vem desenvolvendo a sua actividade na ilha do Maio desde de 2002, servindo essa e demais deste arquipélago com areias, britas, pedras ornamentais e mármores de alta qualidade.
Brito revelou ao A NAÇÃO que a descoberta de pedras preciosas para o fabrico de mármore no Maio foi casual, aquando de uma visita que fazia ao campo para localizar o melhor lugar para construir uma pedreira para a produção de brita e confecção de blocos, actividades que exercia nas Canárias há vários anos.
“Ao passear pela ilha, nas imediações da floresta da localidade do Morro, encontrei uma pedra estranha, muito dura e com muito brilho. Isso aguçou a minha curiosidade e apanhei um pedaço e levei para Canárias, onde fiz um teste; e, para minha grande surpresa, disseram-me que era mármore. Obviamente que fiquei muito feliz por ter encontrado uma pedra especial e muito bonita e de alto valor e que pode ser explorada em diversos aspectos”.
Segundo Brito, a partir disso, ele e um ex-sócio seu importaram a maquinaria necessária e começaram a produzir vários tipos de pedras ornamentais e mármores. “E, desde então, a Forte Maio vem respondendo às necessidades dos clientes, tanto nacionais como estrangeiros, incluindo a particulares, organismos públicos, grandes construtoras, etc.”.
OLHOS POSTOS NO MERCADO DA CEDEAO
Conforme Brito, consolidada a confiança dos clientes nacionais, a Forte Maio procura agora avançar para o mercado da África Ocidental, onde os seus produtos – pedras ornamentais e mármores – são bastante apreciados, não havendo grandes ofertas, dadas as características geológicas desse parte do nosso continente. Basta recordar que para construir o porto de Dakar, no início do século XX, foi necessário importar pedras de Cabo Verde.
“Ao longo do próximo ano, provavelmente no inicio de 2015, vamos iniciar a exportação de inertes e pedra ornamental para Gâmbia e Senegal, dando assim começo a uma expansão progressiva para o resto de países da CEDEAO (Comunidade Económica da África Ocidental, da qual Cabo Verde faz parte). Isto sem descurar do nosso objectivo de atender as necessidades presentes e futuras da ilha de Maio em particular, e Cabo Verde no geral”, assegura.
Juan Manuel Brito diz que a Forte Maio tem sido e continua a ser um dos maiores investimentos estrangeiros na ilha do Maio, dando emprego directo a 13 pessoas, fora as que beneficiam dos efeitos indirectos da empresa.
“Desde início do nosso trabalho, acreditamos e apostamos no desenvolvimento sustentável da ilha, criando infraestruturas necessárias para que este crescimento pudesse tornar-se realidade, prestando um serviço não só aos investidores estrangeiros, mas também e muito especialmente aos habitantes da ilha. Além disso, cerca 90% do pessoal empregado pela empresa é oriundo da ilha, outro aspecto vital importância para seu crescimento económico”, frisa.
PRÉMIO DE QUALIDADE
Pela qualidade do seu trabalho, a Forte Maio, segundo o seu gerente, recebeu a 27 de Outubro, em Paris (França), o Troféu Internacional Europa à qualidade, atribuída anualmente pela Global Trade Leaders’ Club. Tal facto, segundo Juan Manuel Brito, deixa a Forte Maio mais motivada em desenvolver as suas actividades e abraçar novos desafios. Um deles o de colocar as pedras do Maio no interior da África Ocidental.
Forte Maio exporta mármore para África ocidental
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