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São Vicente

Operação Perla Negra: droga destruída pela PJ

Os 521 quilos de cocaína apreendidos na ‘Operação Perla Negra’ foram queimados na manhã desta sexta-feira pela Polícia Judiciária (PJ). Uma operação que envolveu cerca de 30 efectivos da PJ, elementos da Polícia Nacional, a Polícia Militar, bombeiros e ainda acompanhado por dois magistrados e jornalistas.
Todo o processo decorreu por etapas, acompanhado desde do primeiro momento pela comunicação social. A primeira das etapas seria antes da saída da droga, por volta das 9h30, das instalações da PJ. Um período em que se fez a recontagem dos 19 sacos que transportavam a cocaína e da pesagem dos 472 embrulhos com droga, sob a supervisão dos dois magistrados.
Num segundo momento, o dispositivo mobilizado para a operação, PJ, PN; Polícia Militar e Bombeiros deslocou-se para parte incerta da ilha de São Vicente para proceder a incineração do estupefaciente. Uma queima antecedida por uma nova recontagem e ainda de testes rápidos e laboratório para reconfirmação da natureza da droga, feita de forma aleatória de pacotes, para reconfirmar que o que seria queimado era mesmo cocaína. O acto esteve sob a segurança do Grupo de Operação Táctica da polícia científica, de rostos não identificáveis.
A droga esteve a ser manuseada, durante todas as etapas por quatro elementos da PJ, os únicos e mesmos elementos que, conforme informações, estiveram desde o início do processo em contacto e transporte do produto.
A última etapa foi a queima de toda a cocaína, num grande caldeirão, previamente preparado com fuel, e ainda regado com produtos inflamáveis como gasóleo e gasolina. O processo de incineração que ainda é feito ao ar livre e com muita poluição., já que a polícia científica ainda não dispõe de um forno incinerador. Um método que o director nacional da PJ, reconhece ser pouco convencional, “já que existem produtos que não podem ser queimados na ligeira”, mas que Carlos Reis admite ser “em segurança” e com “eficácia”, com a garantia de não deixar qualquer vestígio da droga.
No caso “Perla Negra”, a etapa da incineração aconteceu muito mais rápida, algo que Carlos Reis justifica com o avanço na identificação da droga. “ Há mais ou menos um ano que temos a capacidade para realizar todas as etapas do exame da cocaína, conseguíamos fazer da cannabis, mas não da cocaína porque parte teria que ser feito em laboratórios no exterior. E uma vez que o conseguimos fazer encurtamos e muito o tempo”, explica o director nacional acrescentando que o facto de se estar a guardar a droga pode trazer preocupações acrescidas para toda a sociedade.
A operação “Perla Negra” despoletou-se desde do dia 6 de Novembro e acabou por colocar seis indivíduos em prisão preventiva.
 

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