O ministro da Justiça de Timor-Leste considera que a decisão de expulsar os funcionários judiciais internacionais, entre eles um cabo-verdiano “não é uma acção radical como tem sido publicado nos jornais”. Dionísio Soares fez esta afirmação à saída de uma reunião, esta sexta-feira, na cidade da Praia, com o seu homólogo cabo-verdiano, José Carlos Correia.
Para o ministro timorense a resolução que determinou a expulsão desses funcionários judiciais internacionais não foi para “estragar” as relações diplomáticas entre o seu país e os outros Estados membros da CPLP.
“Essa decisão não é uma acção radical, já que foi por motivo de força maior e por interesse nacional, que o Governo suspendeu as actividades dos magistrados internacionais, temporariamente, para facilitar uma auditoria”, explicou.
O governante timorense acrescentou que a decisão “não teve nada a ver” com casos individuais, mas sim, com um conjunto de assuntos que visam “melhorar e redefinir” o sistema judicial nacional no seu todo.
Dionísio Soares reuniu-se com José Carlos Correia, acompanhado de uma delegação integrada pela embaixadora de Timor-Leste em Portugal, Maria Paixão Costa, e do director-geral do Ministério da Justiça timorense, Francisco Cárceres.
De recordar que o Governo de Timor-Leste ordenou no dia 03 de Novembro a expulsão, no prazo de 48 horas, de oito funcionários judiciais, sete portugueses e um cabo-verdiano.
Ministro da Justiça de Timor-Leste desdramatiza expulsão de magistrados
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