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EUA pedem à Guiné Equatorial para respeitar liberdade de expressão da oposição

Os EUA pediram à Guiné Equatorial para respeitar a liberdade de expressão perante as informações de manifestantes detidos em protestos contra a realização da Taça das Nações Africanas no país.
Os EUA pediram, na quarta-feira, à Guiné Equatorial para respeitar a liberdade de expressão perante as informações de manifestantes detidos em protestos contra a realização da Taça das Nações Africanas (CAN) no país.
“Apelamos ao Governo da Guiné Equatorial para que garanta um tratamento digno aos detidos, ao mesmo tempo que pedimos que respeite os direitos dos que protegem aos cidadãos da detenção arbitrária”, disse a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano Jen Psaki, em comunicado.
“Estamos muito preocupados com as informações de que um dos detidos terá sido assaltado pela polícia uma vez preso e que estes não tiveram acesso a qualquer tipo de aconselhamento jurídico”, frisou.
Na passada sexta-feira, dia 23, a Convergência para a Democracia Social (CPDS), partido da oposição, denunciou que continuam detidos, na cidade de Bata, três ativistas políticos detidos nos dias 14 e 16.
Em comunicado, citado pela agência Efe, o CPDS afirmou que “Celestino Okenve, Antonio Nguema e Miguel Mbomio permanecem detidos na sede central da Segurança em Bata, por causa da organização da Taça das Nações Africanas 2015 na Guiné Equatorial”
Os partidos da oposição na Guiné Equatorial apelaram a um boicote da população à Taça das Nações Africanas (CAN) de futebol de 2015 no país, por alegado desrespeito pelos Direitos do Homem.
“Apelamos aos cidadãos a não se deslocarem aos estádios de futebol durante a CAN, que os tornará mais pobres e escravos”, referia uma declaração assinada pela CPDS, União Popular (UP) e a Força Democrática Republicana (FDR).
A oposição dispõe de apenas um assento no parlamento da Guiné Equatorial, país governado desde 1979 pelo Presidente Teodoro Obiang, de 72 anos, reeleito em 2009 com 95,37% dos votos.
A Guiné Equatorial foi escolhida para receber a edição deste ano da CAN depois de Marrocos — a quem a organização da competição foi inicialmente atribuída — ter pedido, sem sucesso, um adiamento da competição face à epidemia do vírus do Ébola que assolou vários países de África Ocidental.
A edição deste ano da CAN arrancou a 17 de janeiro e termina a 08 de fevereiro.

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