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Política

JpD quer mais oportunidades e empregos para os jovens

A Juventude para a Democracia (JpD), liderada por Herménio Fernandes, defende a criação de mais emprego e formação para os jovens, mas com base no rigor, transparência e equilíbrio social. A ideia passa por fazer de 2015 um ano de luta a favor dos jovens.
Herménio Fernandes entende que é chegada a hora de os jovens terem mais oportunidades de formação, emprego, num ambiente de paz e tranquilidade, de livre concorrência e transparência. E, sendo assim, o novo ano que acaba de começar promete ser de “muita luta” para a JpD.
“Neste momento, muitos jovens estão no desemprego e sem esperança no futuro. Um país sem esperança é um país condenado. Neste novo ano, vamos continuar a chamar a atenção do Governo para priorizar o combate ao desemprego. Sem emprego não haverá esperança num futuro melhor para os jovens”, sublinha.
E, sendo assim, conforme Fernandes, a JpD vai trabalhar “afincadamente” para aumentar a participação dos jovens na política, apresentando propostas e ideias próprias para a reforma do Estado, sobretudo no que diz respeito às garantias para a juventude no que toca, por exemplo, acesso ao serviço militar, à promoção da cidadania e à formação política e à redução da abstenção no próximo ciclo eleitoral que se avizinha.
“Nota-se algum descrédito, desinteresse e fraca participação dos jovens cabo-verdianos na actividade política e cidadã, na avaliação que fazem dos políticos e na importância que atribuem ao exercício do direito ao voto nas eleições. Quando alcançarmos estes desideratos, Cabo Verde dará um passo decisivo e seguro para um futuro melhor”, afirma Fernandes.
Caminho a seguir
De acordo com o líder da “jota ventoinha”, os jovens devem estar mais atentos à política, dado que nos períodos eleitorais são procurados e aliciados pelos partidos para participarem nas acções de campanha, enquanto potenciais eleitores e candidatos. “Cabo Verde precisa de vencer os desafios do subdesenvolvimento, do fraco crescimento económico, da insegurança urbana, do desemprego – com particular incidência sobre os jovens, para ser um país mais justo com a sua própria juventude”, adverte.
Herménio entende que é preciso trazer esses assuntos para o debate com os jovens, tendo em conta “a situação social difícil, lamentável e dramática” por que passa grande parte desse segmento social. “Chegamos a um ponto em que hoje se questiona se vale ser diplomado nesta terra. Um bom governo deve ter como bandeira da sua actuação o crescimento económico, estruturalmente forte, tendo sempre em conta a criação de empregos, por ser este o caminho do futuro e que garante a felicidade do povo e da sua juventude”.
Passando das palavras aos actos, Fernandes revelou ao A NAÇÃO que a JpD vai apresentar ao MpD e ao seu Grupo Parlamentar algumas ideias e propostas que tragam mais “garantias” para os jovens. “Entendemos que nestes últimos 14 anos, o actual Governo e a Ministra da Juventude e Emprego falaram muito na juventude cabo-verdiana, mas na prática nada ou muito pouco fizeram pelos jovens. A alta taxa do desemprego jovem que existe em Cabo verde diz tudo. Precisamos mudar de política e a JpD quer contribuir para essa mudança”.
Juventude presente
Apesar de tudo, o líder da JpD considera que o contributo da juventude no processo de construção do país é bastante positivo. Cabo Verde, conforme afirma, viveu dois momentos importantíssimos e distintos na sua história enquanto nação e neles a juventude foi crucial. “Em 1975 foram os jovens que deram absolutamente tudo para que pudéssemos ser um Estado independente e soberano, possibilitando a liberdade da pátria; e não é menos verdade que em 1991 também foram os jovens que lideraram com vibração, coragem e competência, a mudança de regime e a inauguração da democracia e liberdade”.
Volvidos estes anos todos, Herménio Fernandes defende também que já é o momento de os jovens terem um papel mais preponderante no processo de construção de uma economia e de um país mais forte e sustentável, com menos desigualdades e pobreza. “É preciso analisar quantas empresas criadas e lideradas por jovens existem no país? E qual é o contributo das empresas jovens nas exportações e no PIB cabo-verdiano? Qual é o contributo das empresas criadas e lideradas por jovens na criação de novos postos de trabalho no país? Se não ultrapassarmos estes constrangimentos, vamos continuar a ter altas taxas de desemprego, com particular incidência nos jovens”.
Dinamismo continua
Quanto às críticas de que as juventudes partidárias estão praticamente inactivas e que só funcionam em períodos eleitorais, o entrevistado do A NAÇÃO admite algumas dificuldades mas afirma que, no caso da JpD, o movimento continua activo e a trabalhar em prol da juventude cabo-verdiana.
“Completamos o nosso primeiro ano de mandato em Dezembro e as prioridades que traçamos para 2014 foram, com mais ou menos dificuldades, vencidas. E estamos cientes de que há muito ainda por fazer, mas que com a determinação e motivação existentes no nosso grupo de trabalho, com o forte compromisso, que nos é característico, de servir e defender a juventude cabo-verdiana, em 2015 vamos fazer muitas coisas boas para o país”, conclui Herménio Fernandes.
Até ao fecho desta nossa edição, resultaram infrutíferas as diligências feitas junto da JPAI para produção de peça semelhante à da “jota ventoinha”.

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