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Fogo

“Não podemos estar a pedir sacrifícios que não sejam suportáveis para os cabo-verdianos” – PR

O Presidente da Republica pediu ponderação aos pedidos de apoio que exijam mais sacrifícios aos cabo-verdianos. Jorge Carlos Fonseca defendeu que a solidariedade para com os deslocados da ilha do Fogo deve ser voluntária e não obrigatória.
Para que não se confunda a sua iniciativa de um dia nacional de salário a favor das vítimas da erupção vulcânica com a proposta do Governo de aumento do imposto sobre o valor acrescentado (IVA), Jorge Carlos Fonseca diz que o que pretende é apelar a um gesto de solidariedade.
O Chefe de Estado pondera retirar a sua proposta tendo em conta que já foi aprovado no Orçamento de 2015 um aumento em 0,5 por cento do IVA para fazer às necessidades dos deslocados de Chã das Caldeiras.
“Vamos ponderar, rapidamente, se justifica estar a sobrecarregar as pessoas com várias fontes de colaboração”, realça.
Jorge Carlos Fonseca pede por isso ponderação nos sacrifícios que se pedem aos cabo-verdianos, ainda para mais num contexto de crise.
“Há sempre um limite, sobretudo, num país como o nosso e, principalmente, num contexto em que há muito desemprego e um mau ano agrícola… Não pode haver uma sobreposição de apoios”, frisou o PR realçando que “a nossa ideia era, no fundo, de apelar essa solidariedade voluntária, espontânea. Mas não podemos estar a pedir sacrifícios que não sejam suportáveis para os cabo-verdianos”
A partir de 1 de Janeiro de 2015 os cabo-verdianos passam a pagar mais 0,5 por cento do IVA. A proposta do Governo, que já está contemplada no Orçamento do Estado para 2015, foi aprovada no Parlamento.

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