Um grupo de populares tentou pilhar, esta tarde, a sede do Parque Natural da Ilha do Fogo, em Chã das Caldeiras. A cena estava a ser filmada e nisso instalou-se a confusão… entre os jornalistas e as autoridades policiais e militares no terreno.
De acordo com relatos, alguns populares estavam a pilhar o edifício, no momento em que se fala do aproximar da lava do vulcão àquela infra-estrutura inaugurada há oito meses e cujo valor está estimado em mais de 100 milhões de escudos.
No episódio, dois operadores de imagem (Agência Cabo-verdiana de Imagens – ACI – e TV Record), que estavam no local a filmar o assalto, acabaram por ser detidos pela Polícia Nacional, alegadamente, por desobediência.
Ao que tudo indica, aqueles profissionais da comunicação social estavam a filmar a pequena confusão que se instalou no local, com um militar a apontar armas a um civil, virando-se de seguida para a equipa da televisão. Aparentemente, esse militar não queria ser filmado.
À jornalista que estava com os operadores de imagem também foi dada voz de prisão, mas não foi colocada no carro móvel da PN como aconteceu com os seus colegas.
No entanto, os operadores de imagem já foram libertados, no que se configura como um mal-entendido e, resolvido o problema, seguem no terreno a fazer matérias sobre a erupção na ilha do Fogo.
Tentamos falar com a PN, mas não foi possível.
A situação no terreno na zona da erupção não é fácil. Apesar dos apelos das autoridades para ninguém se aproximar de Chã das Caldeiras, há populares que, por conhecerem muito bem o terreno, estão a aproveitar-se da situação para roubar o que lhes for possível na sua investida.
Este tipo de situação também aconteceu na erupção de 1995, daí a relutância dos moradores de Chã das Caldeiras em deixarem para trás os seus pertences.
Fogo: Tentativa de pilhagem em Chã das Caldeiras resulta em prisões
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