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Política

Novo Governador do BCV: MpD sem argumentos contra Serra

Sem mencionar o nome de João Serra, o MpD, através de um comunicado, diz esperar que o nome indigitado pelo Governo para assumir o cargo de governador do Banco de Cabo Verde (BCV), tenha o perfil “adequado” para essa função.
O maior partido da oposição espera ainda que a administração do BCV não seja constituída por “comissários políticos” e que se “salvaguarde a imagem e a condição institucional” do Banco Central.
Com isso, os ventoinhas dizem querer evitar a “confusão de papéis” que “em diversos momentos se assistiu relativamente a membros do Conselho de Administração do BCV, nomeadamente em actividades de natureza partidária”, refere um comunicado desse partido.
Em relação ao recuo na nomeação do ex-ministro Humberto Brito, o MpD recorda que o primeiro-ministro, “por mais de uma vez”, confirmou a nomeação do visado, “acabadinho de sair da pasta de ministro do Turismo, Indústria e Energia” para Governador do BCV. “Tentou teimosamente ir contra a lei, mas desta vez não passou”.
“O Governo recuou não por causa de qualquer acto de humildade ou de quaisquer ruídos. Foi obrigado a recuar por ser insustentável o argumento de não considerar o BCV uma entidade reguladora do sistema financeiro e as consequências que daí derivam quanto à independência da sua Administração”, pontua.
Diante do quadro ora criado, o MpD também desafia o Governo a “pôr legalidade” no Instituto Nacional de Estatísticas (INE), que, segundo diz esse partido, está a funcionar de forma “irregular” no Conselho de Administração, sem Conselho Fiscal e sem Conselho Nacional de Estatística, conforme prevê a lei.
 
 
 

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