Associação dos Armadores de Pesca de Cabo Verde (APESC) lamenta a demissão de Paulo Veiga do ministério do Mar e diz que ser uma “grande perda para o país”.
Segundo João Lima, presidente da APESC, com o pedido de exoneração de Paulo Veiga o país perdeu um grande ministro que estava a fazer muito pelo sector das pescas economia marítima.
“Penso que o nosso sector perdeu um dos grandes ministros que passou por esta área após a independência. Já passou muita gente pelo ministério, cada um produz e faz o que sabe, mas o Paulo Veiga tinha um toque diferente e todo o sector das pescas está de luto. Perdemos um grande ministro, um homem que ouvia, que sabia decidir e tinha muito interesse em resolver os problemas do sector das pescas e da economia marítima”, afirmou o líder associativo.
João Lima defende que o agora ex-ministro deixou muitos marcos na da sua governação, entre os quais, a atenção dada às questões da segurança na pesca artesanal, o cartão do pescador que é “ativo” que passarão a ter.
Lembra ainda dos avanços conseguidos na legislação pesqueira, como “a isenção do pagamento da licença de pesca” durante o período de pandemia e de muitos outros projetos pendentes.
“Hoje temos um plano de negócios da nossa cooperativa que estávamos a negociar com o ministro e com o Governo para ver como iremos conseguir um atuneiro. Havia a uma planificação de se criar e abrir o complexo de pesca da ilha do Sal, tínhamos sobre a mesa o estudo sobre os completos de pescas de Santo Antão e da Boa Vista”.
“Deixou em andamento, junto com a ENAPOR, a construção do cais de pesca de São Nicolau, estávamos a discutir o projeto do complexo de pesca da cidade da Praia e inúmeras outras situações que estávamos a discutir e que tinham tudo para dar certo”, lamentou.
Segundo o presidente da Associação dos Armadores de Pesca de Cabo Verde, o Governo deve escolher alguém com experiência para ocupar o ministério do Mar, pois, no entender de João Lima, “não há tempo a perder”.
C/RCV